
As manifestações dos foliões foram sensacionais e desmontaram a farsa de que Bolsonaro é popular. O ex-capitão foi, isso sim, produto da fraude eleitoral direitista que prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, retirando-o da disputa nas eleições que certamente venceria.
Lula que, por outro lado, foi o grande destaque do Carnaval. Blocos carnavalescos e até a Escola de Samba G.R.E.S. Paraíso do Tuiuti, tendo “O salvador da pátria” como título de enredo, não deixaram de reverenciar a figura do líder petista, além de pedir a liberdade deste homem que está preso injustamente desde 7 de abril do ano passado.
Outro destaque importante foi a vereadora carioca e socióloga Marielle Franco, que foi brutal e covardemente assinada no dia 14 de março de 2018. Sempre engajada na defesa dos Direitos Humanos, Marielle foi homenageada pela G.R.E.S Estação Primeira De Mangueira, que merecidamente foi a vencedora dos desfiles das Escolas de Samba do grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro 2019. Em São Paulo, a Vai-vai também homenageou a ex-ativista.
As homenagens a Lula e Marielle e, ao mesmo tempo, críticas a Bolsonaro, que teve seu boneco hostilizado por foliões em Olinda, mostram que a situação política do país está evoluindo à esquerda. O Carnaval, que diga-se de passagem é a maior manifestação cultural do população brasileira, demonstrou também que o povo está disposto a lutar e enfrentar os golpistas.
Resta às lideranças de esquerda e aos movimentos sociais canalizarem essa revolta e convocarem, o quanto antes, os diversos setores populares a sair às ruas e lutar contra a draconiana “reforma” da Previdência e outras propostas impopulares que visam a acabar com os direitos do povo só para enriquecer ainda mais os capitalistas. Apenas a mobilização das massas é capaz de derrotar os larápios da direita e frear os retrocessos que ameaçam os mais pobres.
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