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Senador Aécio Neves (PSDB), que foi eleito deputado federal, no dia da votação em Minas — Foto: Reprodução/TV Globo |
Algumas pessoas classificam tudo isso como uma "cortiça de fumaça para o escândalo do bolsogate". Um show de pirotecnia só para inglês ver. Mais um espetacularização para entreter os incautos enquanto o pior acontece. Já outros se revoltam pelo fato de demorarem mais de um ano para fazerem buscas na casa do tucano, dando tempo o suficiente para o senador se livrar de qualquer coisa que o comprometa.
A hipótese que defendo, que não exclui as elencadas anteriormente, é que o caso do senador Aécio Neves é mais um capítulo da briga dos corruptos brasileiros. É claro que Aécio ainda não foi preso e os processos movidos contra ele não tem celeridade alguma se comparados com os do PT. Só que de vez em quando o mesmo leva umas cutucadas, o que contribui para o seu desgaste eleitoral. Os escândalos que vieram à luz envolvendo o senador serviram para miná-lo perante à opinião pública. O candidato que quase venceu a disputa para a presidência da República em 2014, neste ano não perdeu por um triz uma das vagas para deputado federal pelo estado de Minas Gerais.
É meio complexo afirmar isso, mas creio que o PSDB paulista esteja por de trás dessa investida contra os tucanos mineiros. A briga dos dois bicudos é antiga e visa a uma disputa de hegemonia no país. Percebe-se, em tempos, que sempre quando vem à tona uma falcatrua psdbista nos órgãos da grande mídia, que em sua maioria são paulistas, ela diz respeito aos políticos mineiros como os ex-governadores Eduardo Azeredo e Antônio Anastasia, o próprio Aécio Neves e sua irmã, Andrea.
Essa é mais uma das demonstrações de que a dita luta contra corrupção é uma farsa completa. Uma demagogia de setores da direita que é levada ao extremo. Na verdade, aliás, é uma disputa de poder das facções para roubar ainda mais e controlar a máquina pública. O que vocês acham?
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