O caso do senador Aécio Neves é mais um capítulo da briga dos corruptos brasileiros

Senador Aécio Neves (PSDB), que foi eleito deputado federal, no dia da votação em Minas — Foto: Reprodução/TV Globo
Senador Aécio Neves (PSDB), que foi eleito deputado federal, no dia da votação em Minas — Foto: Reprodução/TV Globo


Aécio Neves e aliados políticos são alvos da operação Ross do Ministério Público com a colaboração da Polícia Federal, que fez buscas na manhã desta terça-feira (11/12) nas residências do tucano em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. O senador e seu grupo são suspeitos de receber propina de R$ 128 milhões da holding J&F entre os anos de 2014 a 2017. Neste montante espantoso está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil paga ao tucano pela empresa dos irmão Batista por meio da rádio Arco Íris, que pertence à família Neves. E também a compra superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, pelo valor de R$ 17 milhões, supostamente a pedido do político mineiro. A contrapartida seria a interferência no governo de Minas Gerais para restituir ao grupo do ramo agropecuário créditos de ICMS, que é o imposto estadual de maior arrecadação. Saiba mais sobre o assunto no Brasil 247.




Algumas pessoas classificam tudo isso como uma "cortiça de fumaça para o escândalo do bolsogate". Um show de pirotecnia só para inglês ver. Mais um espetacularização para entreter os incautos enquanto o pior acontece. Já outros se revoltam pelo fato de demorarem mais de um ano para fazerem buscas na casa do tucano, dando tempo o suficiente para o senador se livrar de qualquer coisa que o comprometa.




A hipótese que defendo, que não exclui as elencadas anteriormente, é que o caso do senador Aécio Neves é mais um capítulo da briga dos corruptos brasileiros. É claro que Aécio ainda não foi preso e os processos movidos contra ele não tem celeridade alguma se comparados com os do PT. Só que de vez em quando o mesmo leva umas cutucadas, o que contribui para o seu desgaste eleitoral. Os escândalos que vieram à luz envolvendo o senador serviram para miná-lo perante à opinião pública. O candidato que quase venceu a disputa para a presidência da República em 2014, neste ano não perdeu por um triz uma das vagas para deputado federal pelo estado de Minas Gerais.




É meio complexo afirmar isso, mas creio que o PSDB paulista esteja por de trás dessa investida contra os tucanos mineiros. A briga dos dois bicudos é antiga e visa a uma disputa de hegemonia no país. Percebe-se, em tempos, que sempre quando vem à tona uma falcatrua psdbista nos órgãos da grande mídia, que em sua maioria são paulistas, ela diz respeito aos políticos mineiros como os ex-governadores Eduardo Azeredo e Antônio Anastasia, o próprio Aécio Neves e sua irmã, Andrea.

Essa é mais uma das demonstrações de que a dita luta contra corrupção é uma farsa completa. Uma demagogia de setores da direita que é levada ao extremo. Na verdade, aliás, é uma disputa de poder das facções para roubar ainda mais e controlar a máquina pública. O que vocês acham?

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