Bolsogate e o cinismo da "luta contra a corrupção"

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Foto: Reprodução/Brasil 247


Veio à tona nesta semana o relatório do COAF que mostra suspeitas movimentações financeiras do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, o subtenente da Polícia Militar Fabrício José de Carlos Queiroz, do valor de R$1.200.000,00 de 01/01/2016 e 31/01/2017. De acordo com o documento, anexado às investigações da Operação Furna da Onça, o ex-assessor do deputado estadual, senador eleito pelo estado do Rio de Janeiro, recebeu depósitos em espécie e por meio de transferências de oito funcionários da ALERJ que já foram ou estão lotados no gabinete do parlamentar.

Também está dando o que falar o estranho depósito de R$ 24.000,00 feito por Fabrício na conta da futura 1ª dama, Michele Bolsonaro. Em relação a isso, o presidente eleito admitiu ser fruto de um empréstimo não declarado em seu imposto de renda; ou seja, ele sonegou informações. “Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou.

O escândalo bolsogate, como é conhecido, cresce com a revelação de que Queiroz atuava como uma espécie de banco 24 horas da família de Jair Bolsonaro. Para quem esperava o ultradireitista em ação no combate a corruptos, já deve estar neste momento bastante decepcionado.

A percepção de que o "Mito" era um exemplo de honestidade, ode à decência, está se esvaindo. Já tem, inclusive, muitos bolsonaristas arrependidos. Os simpatizantes do capitão fascista diziam (e alguns ainda dizem) que "Bolsonaro vai mudar tudo isso que tá aí" e que ele representava o "novo". Só sobrou, agora, o ódio, o preconceito, e a ignorância. A casa caiu? Quem irá colocar os Bolsonazis na cadeia? Sérgio Moro?

O caso é destaque na mídia brasileira que empareda o clã. Esquerda, no entanto, não deve ficar animada com isso. O papo da "luta contra a corrupção" é um cinismo. Um truque tradicional da direita para destruir adversários e ganhar ainda mais poder. Esquerdista em sã consciência deve ser contra essa prática. O campo progressista deve, sim, se valer do seu principal repertório: colocar o povo nas ruas!

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