O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebe e presta continência para John Bolton, assessor de segurança nacional do governo de Donald Trump, antes de reunião na manhã desta quinta-feira (29/11), no Rio de Janeiro.
O gesto é deveras simbólico, pois representa o realinhamento da política externa brasileira aos interesses dos Estados Unidos, que vem se estabelecendo desde o impeachment fraudulento de Dilma Rousseff, presidenta eleita democraticamente, e será aprofundado no futuro governo Bolsonaro.
A continência de Bolsonaro humilha o Brasil e os brasileiros no cenário internacional. Considerado um patriota pela sua legião de seguidores, o ainda deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro praticou um ato de vira-latismo explícito, indicando uma vassalagem sem precedentes na história do Brasil.
"Um “patriotismo” bem estranho: abrir mão de nossa soberania e independência no Mundo para transformar-nos em um país subalterno e caudatário da política dos Estados Unidos. Brasil deve ser uma Nação forte, soberana e livre. Assim pensam os verdadeiros patriotas", escreveu no Twitter o governador reeleito pelo estado do Maranhão, Flávio Dino.
Continência é uma saudação militar, criada na época medieval e uma das formas de manifestar respeito e apreço aos seus superiores, pares, subordinados e símbolos, como a bandeira nacional, por exemplo. Ao fazer esse gesto para o secretário de Trump, Bolsonaro reconhece que o presidente ianque é superior hierárquico dele. O recado é bem claro!
Tendo como lema - incrível isso - a frase 'Brasil Acima de Tudo', Bolsonaro só faltou beijar a mão de Bolton. No encontro com o presidente americano, talvez isso até aconteça. Afinal, é 'Trump Acima de Tudo', 'America First'. Capachismo é pouco!
Mais uma vez Bolsonaro demonstrou o seu patriotismo: amor pelos Estados Unidos!
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