Miranda acusa o atual chefe de estado de receber mesadas de R$ 150 mil entre 2007 a 2014, quando era vice-governador. Segundo o Ministério Público Federal, haveria registros de pagamentos de quase R$ 40 milhões em espécie, em valores de hoje.
Pezão é o primeiro governador do Rio de Janeiro preso em exercício do mandato. Os ex-governadores Sérgio Cabral, Rosinha Garotinho e Antony Garotinho também já foram presos.
A prisão do mandatário emedebista, é importante ressaltar, constitui mais uma arbitrariedade do Estado brasileiro. Isso porque prender um chefe do executivo em comprimento do mandato fere a Constituição Federal. Não é nenhuma simpatia ao partido, mas tem que se admitir que o MDB, assim como o PT, também é alvo de perseguição política. O golpe em curso no país não visa apenas acabar com a esquerda mas também destruir importantes setores da economia nacional em favor das grandes potências do "norte", como os Estados Unidos. Sendo o MDB representante da burguesia brasileira que busca resistir à ofensiva externa, não é estranho que o partido também sofra ataques. A detenção do governador Pezão ajuda a confirmar ainda mais isso.
Não é de hoje que o Rio de Janeiro passa por um período de calamidade e um péssimo momento em diversas áreas. Além da crise política e do fato dos quatro últimos governadores eleitos do estado já terem sido presos, a sua economia, que depende bastante do setor de petróleo, está em frangalhos.
Até no esporte o Rio não vai bem. O seu futebol, outrora considerado o mais bonito do Brasil, se encontra em uma situação bastante conturbada. Ameaçados de rebaixamento para a série B no Campeonato Brasileiro de futebol, Vasco e Fluminense agonizam na parte de baixo da tabela de classificação do torneio. Endividado até o pescoço, o Botafogo lidera o ranking de clubes brasileiros que estão no vermelho com uma dívida que supera R$ 700 milhões. Além do mais, os quatros grandes clubes estaduais não ganham um título de expressão faz tempo. A última vez foi em 2013, quando o Flamengo conquistou a Copa do Brasil.
Centro irradiador de cultura e costumes nacionais, o estado também já não produz conteúdo artístico de qualidade como antigamente. Que fase, hein, Rio?!
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