
Nessa terça-feira (27/11), o ministro Edson Fachin anunciou que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar em dezembro deste ano um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais de seis meses, com data ainda a ser confirmada pelo ministro Ricardo Lewandowski.
Contudo, não se pode esperar nada de bom da justiça brasileira. Os magistrados do Supremo são cúmplices do processo de caça aos políticos do PT que se abriu no país, objetivando a colocá-lo na ilegalidade, sob a acusação ridícula e sem nexo de que o partido seria uma organização criminosa. Enquanto isso, Temer, Aécio, José Serra e outros políticos de direita são mantidos impunes e autorizados a roubar ainda mais na cara da freguesia.
O governo Jair Bolsonaro e a indicação do juiz Sérgio Moro para o ministério da Justiça representam um aprofundamento do golpe de Estado de 2016, com o estabelecimento de uma política de guerra contra as organizações da classe trabalhadora e movimentos sociais.
Os golpistas não pretendem poupar nem a ala petista mais moderada e capituladora da direita. Haddad e Dilma já são réus em processos e estão ameaçados de serem presos. A extrema-direita que se instalou nas instituições brasileiras não sossegará enquanto não formar uma fila de esquerdistas do PT e até de outras agremiações partidárias para irem para a cadeia e massacrar um dos maiores partidos do campo progressista do mundo.
Confiar no STF ou em qualquer órgão da justiça é furada. Os juízes da Corte Suprema do país e de outras instâncias também estão comprometidos com o golpe de Estado e não vão libertar o ex-presidente Lula tão fácil assim. Somente a mobilização popular, via movimentos sociais, é que pode tirar o líder petista da prisão.
Mesmo após o período eleitoral, as pressões sobre o PT não pararam de aumentar. O estado de exceção só cresce no Brasil e não será derrotado de dentro das instituições corrompidas e serviçais da elite econômica "nacional" submetida ao imperialismo estadunidense. A perseguição política às lideranças do Partido dos Trabalhadores não vai cessar sem que haja uma reação enérgica nas ruas de todo o país diante de tamanha atrocidade.
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