Por Christopher Rodrigues (*)
O Comitê de Política Monetária
(Copom) reduziu a taxa básica
de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual. O colegiado de diretores do BACEN decidiu ontem (29/08), por unanimidade, reduzir a Taxa Selic para
7,5% ao ano, sem viés – não pode mudar nos próximos 45 dias.
O ciclo de reduções da
taxa básica de juros teve início em agosto do ano passado, quando a taxa estava em
12,50%. Ao todo foi uma contração de cinco pontos percentuais – ou 40% – nas nove últimas reuniões.
A Taxa Selic é a mais
baixa taxa praticada na economia e tem esse nome porque remunera os títulos
públicos depositados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Ela
também é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e define o quanto
as instituições financeiras vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes.
Com a redução da taxa básica e dos juros praticados
no mercado, o dinheiro ficará mais barato, as famílias aumentarão o consumo e
a economia ganhará impulso. O aumento da demanda por bens estimula o investimento e a produção
no setor privado que leva a um aumento do emprego e da renda.
Em um período de crise econômica, o governo deve
também ampliar os gastos públicos para dinamizar a economia e manter a alta
média de crescimento da última década.
A decisão do Copom foi correta, no entanto, a Selic poderia ter uma queda mais expressiva. Segundo dados e previsões do próprio
governo, o desempenho anual da atividade econômica não será nada satisfatório e a inflação ainda não chegou a níveis preocupantes.
Com a redução da taxa básica de juros, a
remuneração da dívida pública encolheu ligeiramente, o que significa um pequeno
alívio nas contas nacionais. Porém, no mercado brasileiro ainda são praticados os juros
mais usurários do mundo e quem perde com toda essa ostentação pertence
aos setores mais pobres da sociedade brasileira. Os juros altos são alguns dos
fatores que contribuem para a lastimável transferência de renda dos trabalhadores para os banqueiros.
O Brasil precisa urgentemente baixar os juros (não apenas) para que as empresas também tenham melhores condições de competirem no mercado internacional. Um país forte e desenvolvido é aquele que tem um setor indústrial sofisticado e competitivo. Portanto, redução dos juros é indispensável para o desenvolvimento da economia brasileira.
(*) Estuda economia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
O Brasil precisa urgentemente baixar os juros (não apenas) para que as empresas também tenham melhores condições de competirem no mercado internacional. Um país forte e desenvolvido é aquele que tem um setor indústrial sofisticado e competitivo. Portanto, redução dos juros é indispensável para o desenvolvimento da economia brasileira.
(*) Estuda economia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).
0 Comentários