A mídia, o “mensalão” e a democracia ameaçada

Por Christopher Rodrigues (*)
A mídia e o “mensalão”
O “mensalão do PT” está em julgamento e três dos principais réus já foram condenados. Os envolvidos no suposto caso estão sendo acusados de crimes graves e o poder judiciário tem a obrigação de punir os culpados.
O problema é que o Supremo Tribunal Federal (STF) trabalha sob pressão. A mídia partidária pressiona os juízes a tomarem decisões que favoreçam a ti e aos inimigos políticos do partido da presidenta. O principal interesse da mídia é a condenação do ex-ministro da casa civil José Dirceu para, assim, abalar o governo Dilma e sujar a imagem do ex-presidente com maior popularidade da história brasileira.

Os ministros do supremo estão condenando sem provas robustas e quase que sem analisar os argumentos da defesa. Além do mais, o procurador geral da república levanta acusações levianas e carentes de provas.
Será que o Supremo julgará o caso do “mensalão tucano” com mesmo rigor? Será que a mídia estará em cima? Eu divido.
A minha intenção não é apenas defender o PT, mas também cobrar por mais justiça e isonomia (igualdade de todos perante a lei). No Brasil, os verdadeiros juízes são os veículos de comunicação e isso ameaça a democracia.
A sensação vivenciada no Brasil é que os milionários e barões da mídia são inimputáveis. A punição é apenas para os pobres, feios e infelizes.
Não queremos uma mídia juíza e partidária, queremos uma mídia informadora, democrática e plural.
A televisão
A televisão é o veículo de maior alcance e, no Brasil, é a principal ameaçadora da democracia. As emissoras de TV estão mais alienando do que informando seus telespectadores. Suas programações e atrações não dão "preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas".
A mídia televisiva não cumpre os princípios da comunicação social ditados pela Constituição Brasileira. Ora, a televisão não passa de uma concessão pública e o seu dever é com a sociedade e não exclusivamente com o mercado.

A televisão aberta, especialmente, deve ser como uma cesta básica de alimentos, apenas ter o que é de primeira necessidade. Imagimem uma cesta básica que contenha bebidas, cigarros e vários outros produtos nocivos à saúde? O conteúdo da TV aberta é análogo a esse tipo de cesta, pois prejudica a formação ideológica dos seres humanos. 

Os canais de televisão abertos devem passar em suas grades de programação o que é essencial para a formação de um telespectador crítico e consciente.

Aqueles que se interessam pelo mundo das celebridades e adoram cuidar dos problemas da vida alheia devem procurar os pacotes da TV por assinatura que é especializada no assunto. Programas vulgares, realities shows, fofocas e, entre outras, banalidades que passam nas emissoras comerciais, não deveriam ser incluídos na cesta básica da TV aberta.
A comunicação é um direito de todos e a democratização da mídia significa mais consideração e "respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família".

(*) Estuda economia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

Ajude a manter este blog - Faça uma doação

Se você gosta do conteúdo do blog, você pode ajudar a manter ele simplesmente fazendo uma doação única, esporádica ou mensal, usando uma das opções abaixo:
Doação usando PagSeguro
Doação usando Paypal
Ou por transferência bancária: clique aqui!

Postar um comentário

0 Comentários