A classe média (tradicional) é a mais enganada pela manipulação midiática

Por Christopher Rodrigues (*)

Aprende-se em economia que o monopólio traz perdas para a sociedade. O setor nacional das comunicações não é diferente e quem perde com a excessiva concentração da mídia, em poder de meia dúzia de famílias, é o povo brasileiro. Porém, os mais enganados pela manipulação midiática pertencem a setores da classe média (tradicional) que leem os principais jornais e revistas do país.

O meio comunicativo que atinge um público mais abrangente é a TV, mas, para infelicidade geral dos barões da mídia, os pobres, de modo geral, não acompanham a cobertura política nos canais deles e, portanto, não prestam muita atenção nas análises e acusações provenientes de telejornais.

O nível de informação dos brasileiros, embora esteja mais elevado do que antes, ainda não é nem um pouco comemorativo, mas o fracasso dos principais veículos de comunicação na tentativa de desmoralizar dois dos governos mais populares, sim.

A aprovação do governo Dilma cresce e chega a 56,6%, de acordo com pesquisa CNT Opinião divulgada sexta-feira, dia 3 de agosto de 2012. Para 35,5% dos entrevistados o governo é regular. Apenas ínfimos 7% classificaram a gestão como ruim ou péssima.

O desempenho pessoal da presidenta tem uma aprovação ainda mais expressiva. Ela foi aprovada por 75,7% dos entrevistados, enquanto que 17,3% desaprovaram a sua atuação.

Lula encerrou o governo com aprovação recorde de 87% da população, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada quarta-feira, 29 de dezembro de 2010. A popularidade do ex-presidente é superior até mesmo de ex-líderes históricos, como Nelson Mandela (ex-presidente da África do Sul), Margaret Thatcher (ex-primeira-ministra da Inglaterra) e Franklin Roosevelt (ex-presidente dos Estados Unidos).

O governo Lula também esbanjou popularidade. Dos entrevistados pelo instituto Sensus, 83,4% acreditaram que a gestão foi boa ou ótima, enquanto 13,7% dos entrevistados avaliaram a era de oito anos como regular. O governo que antecedeu o de Dilma só recebe avaliação negativa de 2,2% dos pesquisados.

Grande parte dos eleitores que votam na oposição e não reconhecem as conquistas alcançadas na última década pertence à classe média. São aqueles que acreditam nas informações e opiniões publicadas em jornais e revistas. Uma minoria seguidora do jornalismo manipulador e que é facilmente iludida com os noticiários da TV.

O “mensalão” é uma grande aposta da oposição para enfraquecer o governo Dilma e sujar a imagem do ex-presidente com maior popularidade da história brasileira. Embora “o maior escândalo de corrupção do Brasil” seja trunfo da imprensa golpista, são poucos os que acompanham o julgamento do caso. Há quem pense que os principais envolvidos no suposto esquema são o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o senador cassado Demóstenes Torres.

Fica claro que a grande mídia está em processo acelerado de decadência e que seu poder e influência estão diminuindo. Além disso, a direita partidária está completamente desnorteada. Porém, ainda é necessário democratizar a mídia e promover a pluralidade e a diversidade de ideias.

A desinformação popular não é algo bom para nenhuma democracia. Por isso, é importante que todos na qualidade de cidadãos brasileiros sejam mais informados, tenham a sua própria opinião e não fiquem à mercê da ideologia midiática. Mas, para o deleite dos progressistas, o povo brasileiro está cada vez mais consciente que sua participação ativa nas decisões políticas é essencial para que o Brasil seja um país melhor. Com a internet, a facilidade de comunicação é enorme e todos podem participar de discussões em blogs e redes sociais.

A culpa de o Brasil ser um país subdesenvolvido não é apenas de seus habitantes mais pobres, mas também da elite subalterna aos interesses estrangeiros e da classe média que confia nas manipulações e mentiras da indústria de comunicação nacional.

Apesar de tudo, o Brasil melhorou bastante. Embora não sejam destacados em jornais, revistas, rádios e TVs, a melhoria de renda, a inclusão social e o crescimento econômico são fatores que a maioria da população reconhece como bons resultados do trabalho desenvolvido nos últimos anos.

(*) Estuda economia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

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