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Bolsonaro está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo Foto: Divulgação / Presidência da República |
O estado clínico de Bolsonaro, contudo, pode ser mais grave do que dizem seus assessores, conforme registrou a reportagem publicada na Folha de S. Paulo que ouviu especialistas:
Segundo eles, os sintomas apresentados por Bolsonaro representam uma piora no estado clínico. Um deles diz que, no melhor cenário, não era para acontecer. No quinto dia após a cirurgia, afirma, o paciente deveria estar comendo por boca e evacuando.
Outras hipóteses explicariam a paralisação do intestino como fístula (abertura de algum ponto cirúrgico), infecção, efeitos colaterais de medicamentos (antibióticos ou remédios para dor) ou aderência precoce, ou seja, uma dobra no intestino.
A pior das hipóteses seria a fístula. Se ocorrer, há risco grande de ter que reoperar e refazer a bolsa de colostomia.
Bolsonaro tancredizado?
A situação de Bolsonaro chega a lembrar a do presidente eleito não empossado, Tancredo Neves. Em 14 de março de 1985, véspera da posse, Tancredo teve fortes dores abdominais, foi internado às pressas e fez uma operação de emergência.
A explicação oficial para a cirurgia foi uma diverticulite (inflação na parede do intestino), devidamente tratada com a intervenção. Mas, depois da operação, o presidente só piorou e precisou voltar ao centro cirúrgico seis vezes, acometido por sangramentos e infecções.
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Tancredo já estava morto na foto? |
A equipe de Tancredo divulgou, em 25 de março, uma foto para provar que ele se recuperava bem. A imagem mostrava o político ao lado dos médicos. Não convenceu. Segundo uma reportagem da revista VEJA na época, ele tinha duas sondas injetadas no corpo e, atrás do sofá, uma enfermeira segurava um frasco de soro. Com a notícia da farsa, o tiro saiu pela culatra e logo se espalhou que Tancredo já estava morto na foto.
Assassinado por militares contrários à entrega do poder, atentado sofrido na Catedral de Brasília e envenenamento são algumas das hipóteses sobre a morte de Tancredo. O politico mineiro foi declarado morto em 21 de abril.
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