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O presidente Jair Bolsonaro durante assinatura do decreto que flexibiliza posse de armas — Foto: Reprodução/NBR
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Assim que Bolsonaro assinou o ato nesta terça-feira (15/01), o jornal O Globo reagiu de bate-pronto e publicou um editorial intitulado "Decreto temerário" no mesmo dia criticando a medida, chamando-a de "aposta enganosa".
"É difícil desmentir a relação entre mais armas e mais mortes", defende o texto escrito no veículo da família Marinho que argumenta com dados de taxas de homicídios e armas apreendidas no país e faz também comparações com os Estados Unidos, onde o porte de armas é liberado.
As Organizações Globo, da qual o jornal faz parte, como sabe os mais esclarecidos, é porta-voz de importantes setores da elite nacional como o sistema financeiro e grandes empresas, além de representar em terras brasileiras os interesses dos grandes capitalistas internacionais.
A esses grupos não interessa em hipótese alguma o armamento da população, pois isso pode tirar de controle a situação de domínio da classe trabalhadora, que vive à mercê dos ditames da burguesia reacionária. Sem entrar no mérito da decisão do presidente ilegítimo ser boa ou ruim, é importante dizer que um povo desarmado é bem mais fácil de ser controlado. A flexibilização de posse de armas pode, assim, gerar uma crise na direita, que está dividida quanto a esse tema.
Existe, ainda, a possibilidade de que essa mudança na lei favoreça somente, e tão-somente, os agentes da repressão que já andam armados até os dentes, aprimorando de certa forma a perseguição aos movimentos sociais e às camadas mais pobres da sociedade.
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