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Créditos da foto: TV 247 |
Uma das primeiras medidas do governo contra o canal será o abrupto corte de publicidade, através de um projeto de lei que acabe com o BV (bônus de volume), mecanismo que ajuda a Globo se sobressair em relação às demais emissoras. O projeto já foi elaborado, com auxílio das rivais do conglomerado de mídia da família Marinho, e será apresentado à Câmara dos Deputados pelo agora deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), ex-ator pornô.
Outro duro ataque às Organizações Globo é o anúncio da chegada da CNN Brasil, sob o comando de Rubens Menin e de Douglas Tavolaro, biógrafo oficial do bispo da Igreja Universal e dono da Record Edir Macedo, que disputará a audiência com a GloboNews, canal de notícias na TV fechada, promentendo acirrar a concorrência no mercado jornalístico da televisão. A sucursal brasileira da emissora estadunidense terá a princípio uma equipe de 400 jornalistas com um canal 24 horas na TV paga e na internet, disponível para assinantes.
Os Marinhos certamente irão reagir e não deixarão isso barato, consolidando a guerra entre governo e Globo, salvo se ambos chegarem futuramente a um acordo, por exemplo, em nome das medidas econômicas como a reforma da Previdência.
Bolsonaro pode ser o que for, mas temos que admitir que ele aje corajosamente ao enfrentar o monopólio global, coisa que Lula e Dilma tiveram medo de fazer quando governaram o país. Seu propósito, no entanto, não é a democratização da mídia que a esquerda tanto defende, tratando-se tão somente de uma disputa de hegemonia que, grosso modo, envolve Globo e Record.
Como isso tudo se trata de uma contenda entre setores da elite mesquinha, é bem provável que essa briga não resulte em nada de bom para os brasileiros em geral. Dito isto, minha torcida, portanto, é que Bolsonaro e Globo se matem e tratem de fazer isso logo.
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