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Créditos da foto: IHMC Public Cmaps
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As declarações do recém presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, no tocante à política externa do Brasil, causaram grandes repercussões internacionais, com a potencialidade de abalar relações de comércio com países e blocos que são de fundamental importância para o mantimento do superávit comercial brasileiro, ou então para evitar um rombo ainda maior no Balanço de Pagamentos do país.
Antes mesmo de assumir a Presidência da
República, Bolsonaro já põe sob tensão a política externa brasileira com
importantes parceiros econômicos do Brasil como China, mundo Árabe,
países do Mercosul.
Para se ter uma ideia da relevância econômica desses países para o Brasil, alguns números e informações serão de grande valia para explicar o desastre que o plano bolsonarista para a política externa pode representar para os brasileiros. Vamos aos dados:
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. O volume das trocas comerciais (soma de exportações e importações) entre as duas nações gira em torno de 50 bilhões de dólares.
Os países do Oriente Médio representam 4% das exportações totais brasileiras em 2018, cerca de 8 bilhões de dólares, maior do que o comércio com toda a África, de cerca de 3,4%.
O Mercosul é o principal destino das exportações de produtos manufaturados brasileiros, o que favorece largamente a indústria nacional. As exportações brasileiras em forte alta geraram superávit de US$ 9,6 bilhões no comércio com o bloco econômico sul-americano até o mês de novembro de 2017.
Ao desprezar a situação econômica do Brasil no comércio exterior, o presidente eleito, ao que tudo indica, visa a relações comerciais "não ideológicas" exclusivamente com os Estados Unidos da América, que outrora foi a base do acordo de submissão das colônias às metrópoles. Será que a política externa do futuro governo de Bolsonaro representa a volta do monopólio comercial dos tempos do Brasil Colônia?
Quais são as chances disso dar certo?
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