A
imprensa e a política no Brasil nunca antes foram vistas como mostra o livro, O
Quarto Poder – Uma Outra História, de autoria do renomadíssimo e um dos
mais proeminentes jornalistas do Brasil, Paulo Henrique Amorim. O
autor-personagem do livro trabalhou nos mais diversos e importantes órgãos de
imprensa brasileiros, reunindo na sua mais recente obra 50 anos de atividade
profissional que dispensa comentários. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, ele
foi jornalista na revista semanal Veja, no Jornal do Brasil, na Rede Globo, no
canal Bandeirantes e na TV Cultura. Contratado pela Rede Record em 2006, Amorim
apresenta o programa dominical Domingo Espetacular. Atualmente, escreve no
Conversa Afiada, um blog onde noticia e expõe o seu ponto de vista sobre os acontecimentos
relevantes da política no Brasil e no mundo.
Com
mais de 550 páginas e várias anotações de reportagem, o livro tem a proeza de
revelar os bastidores do meio jornalístico brasileiro. Hegemônica e sempre
influente, a mídia brasileira, em especial a Rede Globo, constitui um poderoso
instrumento do poder e coopta com bastante facilidade muitos políticos e
mandatários. Perspicaz e com um sarcasmo sem igual, Paulo Henrique usa toda a
sua experiência para informar os leitores qual é o verdadeiro propósito dos
meios de comunicação do Brasil: servir uma elite econômica histérica,
anacrônica e ignorante. O livro descreve minuciosamente o processo de censura e
o controle rígido por que passa e sempre passou o conteúdo informativo.
O interessante no Quarto Poder é a explicação histórica da imprensa, mostrando como se deu o surgimento e a evolução da TV brasileira. No Brasil, não houve a opção por um modelo público como, por exemplo, na Inglaterra. A televisão do país nasceu privada e isso ajuda explicar bem o motivo de não haver um fortalecimento de canais públicos e educativos. O comportamento e a influência da mídia brasileira não se repetem em nenhum outro país do mundo. Com a conivência das autoridades brasileiras, os empresários da imprensa usam e abusam da libertinagem permitida a eles e não sofrem punição alguma.
O interessante no Quarto Poder é a explicação histórica da imprensa, mostrando como se deu o surgimento e a evolução da TV brasileira. No Brasil, não houve a opção por um modelo público como, por exemplo, na Inglaterra. A televisão do país nasceu privada e isso ajuda explicar bem o motivo de não haver um fortalecimento de canais públicos e educativos. O comportamento e a influência da mídia brasileira não se repetem em nenhum outro país do mundo. Com a conivência das autoridades brasileiras, os empresários da imprensa usam e abusam da libertinagem permitida a eles e não sofrem punição alguma.
Os
meios de comunicação exercem grande influência tanto na política como na
economia do país. Contudo, nada se compara com o poder de uma emissora carioca.
Com apoio, respaldo e condescendência dos governos militares e democráticos, a
Rede Globo se tornou um dos maiores monopólios do mundo e quase ninguém tem a
ousadia de questioná-la. O livro de Amorim é uma exceção. Recheado de
revelações bombásticas, o autor-personagem compartilha grandes momentos de sua
carreira na emissora e não hesita em revelar a obsessão e a sanha de poder da
família Marinho.
“Um gênio do mal”, o empresário Roberto Marinho sempre esteve atrelado ao poder. Ele cogovernou o Brasil durante muito tempo e fazia isso com absoluta naturalidade. Segundo o autor do livro, o fundador do maior canal de televisão do país fez uma afirmação emblemática que resume muito bem a orientação do jornalismo brasileiro. “O Globo (leia-se Rede Globo e os seus tentáculos) é o que é mais pelo que não deu do que pelo que deu.” Em outras palavras, o mais importante de acordo com os donos da mídia no Brasil não é o que é publicado, mas aquilo que não é publicado. Simples assim!
O Quarto Poder – Uma Outra História é uma obra jornalística muito instrutiva e recomendo a sua leitura. Enfim, é um dos livros para entender o Brasil contemporâneo. O ideal mesmo seria que esse best-seller (um sucesso de vendas) do jornalista da Record e do blog Conversa Afiada fosse lido com urgência e muita atenção por todos os cidadãos brasileiros, pois é de importância capital que o povo tenha conhecimento dos fatos que ensejaram a ascensão do poder midiático (leia-se Rede Globo) e saiba, por fim, de qual lado está a imprensa brasileira.
“Um gênio do mal”, o empresário Roberto Marinho sempre esteve atrelado ao poder. Ele cogovernou o Brasil durante muito tempo e fazia isso com absoluta naturalidade. Segundo o autor do livro, o fundador do maior canal de televisão do país fez uma afirmação emblemática que resume muito bem a orientação do jornalismo brasileiro. “O Globo (leia-se Rede Globo e os seus tentáculos) é o que é mais pelo que não deu do que pelo que deu.” Em outras palavras, o mais importante de acordo com os donos da mídia no Brasil não é o que é publicado, mas aquilo que não é publicado. Simples assim!
O Quarto Poder – Uma Outra História é uma obra jornalística muito instrutiva e recomendo a sua leitura. Enfim, é um dos livros para entender o Brasil contemporâneo. O ideal mesmo seria que esse best-seller (um sucesso de vendas) do jornalista da Record e do blog Conversa Afiada fosse lido com urgência e muita atenção por todos os cidadãos brasileiros, pois é de importância capital que o povo tenha conhecimento dos fatos que ensejaram a ascensão do poder midiático (leia-se Rede Globo) e saiba, por fim, de qual lado está a imprensa brasileira.
0 Comentários