Esquerda começa a gostar da ideia de ter Ciro como candidato em 2018


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está na frente nas principais pesquisas de intenção de voto nas próximas eleições presidenciais. Apesar dos incessantes ataques midiáticos e da perseguição que vem sofrendo por alguns setores da justiça brasileira, o prestígio político de Lula não se esvaiu e muitos brasileiros ainda se identificam com o líder popular.

Na hipótese de Lula não ser candidato em 2018, a esquerda brasileira poderia contar a priori com a candidatura de Ciro Ferreira Gomes, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), ao Palácio do Planalto. O ex-governador do Ceará seria uma espécie de plano B de algumas camadas progressistas do país. No entanto, já tem políticos e pensadores de esquerda que declararam ter por ele uma honrosa preferência.

O ex-ministro da educação no governo de Dilma Rousseff, Renato Janine Ribeiro, revelou em uma entrevista ao programa Diário do Centro do Mundo ter simpatia por Ciro Gomes. Janine disse que o político do PDT é um homem digno e corajoso. O ex-ministro também enfatizou que Ciro é um conhecedor da empresa privada, “uma coisa que falta para muita gente de esquerda”, disse.

Luiz Gonzaga Belluzzo, economista, professor da Universidade de Campinas (Unicamp) e ex-dirigente do Palmeiras, assegurou que o apoiará em 2018. Para o economista, Ciro é uma pessoa articuladíssima, com uma inteligência bem acima do normal e um debatedor temível.

Para o governador do Maranhão, Flávio Dino, lançá-lo à presidência da República é a melhor opção. Perante à crise da esquerda, em especial do lulopetismo, e do avanço do discurso “anti-político”, Dino acredita que a candidatura de Ciro Gomes teria a adesão de um “movimento mais amplo”.

Roberto Mangabeira Unger, professor de filosofia em Harvard, nos Estados Unidos, é outro entusiasta da candidatura de Ciro. Durante o discurso de filiação ao PDT, Mangabeira disse que pretende “lutar dentro do partido pela candidatura de Ciro Gomes”. O professor ainda destacou que por meio da candidatura de seu correligionário “temos uma chance real de ganhar o poder”.

É importante lembrar que Lula tem todo o direito de disputar novamente o cargo mais importante do país. O ex-líder sindical foi um dos melhores presidentes da história do Brasil e deu uma enorme contribuição ao país, melhorando a vida de muitos brasileiros. Entretanto, para fins de preservar o patrimônio político angariado em oito anos de governo, o petista deveria apoiar o Ciro.

Ciro Gomes é um político experiente, preparado e perspicaz. Reverenciado pelo povo cearense, nunca deixou de ser um sujeito aguerrido e não tem papas na língua. Além de um crítico veemente da condução da economia brasileira, é também um profundo observador da cena política. Frequentador contumaz das universidades e dos espaços públicos, possui ainda uma incrível e vasta disposição para discutir ideias com a juventude do meio acadêmico.

O pedetista conhece bem o Brasil e vê a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento para que o país sul-americano possa voltar a crescer e prosperar sustentavelmente. Além do mais, a construção necessária de uma unidade da esquerda pode se dar em torno de sua candidatura. Sem nenhum exagero, Ciro tem condições de se tornar um estadista.

Para candidato a vice-presidente, acredito que a escolha de Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, seria excepcional. O próprio Ciro já elogiou o prefeito e disse que ele é um “puta dum cara”. Apesar de não ter sido reeleito, o que para mim é uma grande injustiça, Haddad se mostrou um baita de um gestor, enfrentando os principais desafios da maior cidade brasileira. Portanto, torço desesperadamente por uma chapa Ciro-Haddad para disputar as eleições presidenciais a daqui dois anos, que apoiada pelo ex-presidente Lula tem tudo para sair vitoriosa.

Entre os prováveis postulantes à presidência da República, Ciro Gomes é de longe o nome mais viável e preparado para governar o país. A esquerda brasileira sabe disso e já começa a gostar da ideia de tê-lo como candidato em 2018. De plano B a candidato preferido, parece que o ex-ministro de Lula vai conquistando paulatinamente a predileção do pensamento progressista.

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