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A primeira-dama Michelle Bolsonaro discursa em Libras no Parlatório do Planalto, momentos antes do pronunciamento do marido (Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
“Gostaria de modo muito especial de dirigir-me à comunidade surda, às pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos: vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados. Tenho esse chamado no meu coração e desejo contribuir na promoção do ser humano”, discursou Michelle enquanto uma interprete lia o texto do pronunciamento.
Apesar do ativismo da primeira-dama, que faz parte do Ministério de Surdos e Mudos da igreja evangélica que frequenta no Rio de Janeiro, uma das primeiras medidas adotadas pelo ministro da Educação, Vélez Rodriguez, foi justamente acabar com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi). A secretaria, criada em 2004 durante o governo Lula, tinha como objetivo fortalecer a atenção especial a grupos que historicamente são excluídos da escolarização, inclusive os surdos.
Outros dois marcos na garantia de direitos para os surdos têm a digital do PT. O reconhecimento oficial da Linguagem Brasileira de Sinais como expressão de comunicação, por exemplo, é fruto do projeto de lei (PLS 131/1996) da então senadora – atualmente deputada federal – Benedita da Silva (RJ). A proposta foi convertida na Lei 10.436/2002.
A regulamentação da profissão do tradutor de Libras também é uma iniciativa de parlamentar petista. Graças a aprovação do projeto de lei (PL 4.673/2004), de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), a profissão foi reconhecida por meio da Lei 12.319/2010, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A extinção da secretaria que cuida da educação dos surdos foi criticada pelo Twitter pelos deputados petistas Reginaldo Lopes (MG), Enio Verri (PR) e Helder Salomão (ES).
Do PT na Câmara
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