A prisão do governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, em pleno exercício de seu mandato, escancara a ditadura do regime golpista e patriota algum em sã consciência deve comemorá-la. O mandatário emedebista foi preso com base em uma delação
premiada (sem apresentar prova concreta) do operador financeiro de Sérgio
Cabral, Carlos Miranda, constituindo mais uma
arbitrariedade da justiça brasileira.
Além do mais, prender um chefe do executivo em comprimento do mandato, nessas condições, fere a Constituição Federal. Não é nenhuma questão de simpatia ao MDB, mas tem que se admitir que o partido, que controla o segundo estado economicamente mais importante da Federação, também é alvo de perseguição política. O golpe em curso no país não visa apenas acabar com a esquerda, mas também destruir o país em favor das grandes potências do "norte", como os Estados Unidos. Sendo o MDB representante da burguesia nacional que busca resistir à ofensiva externa, não é estranho que o partido também sofra ataques. A detenção do governador Pezão ajuda a confirmar ainda mais isso.
Não se trata de gostar ou não do MDB (e aliados), mas de denunciar a perseguição que a Lava-jato emplaca contra políticos do partido, a mando da Rede Globo e do imperialismo. O ataque judiciário a grupos políticos que, bem ou mal, representam setores importantes da economia brasileira, não é luta contra corrupção, é disputa de poder! E o que está em disputa, nesse caso específico, é o Rio de Janeiro.
Enquanto isso, todos os escândalos do PSDB no estado de São Paulo são abafados. Aos tucanos, aliados da burguesia imperialista (que é mais forte), não acontece absolutamente nada.
Pezão é o primeiro governador fluminense preso em exercício do mandato. Os ex-governadores Sérgio Cabral, Antony Garotinho e, sua mulher, Rosinha também já foram presos.
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