De uma coisa é certeza: o medo deles é o cara voltar em 2018!

O medo deles é o cara voltar em 2018!

A ofensiva contra Lula não é de hoje. A prisão dele sempre foi o sonho da plutocracia. O ex-presidente nunca teve sossego e não terá. Pelo menos enquanto os seus adversários não o verem na cadeia.  Aliás, o objetivo claro da Lava Jato não é outro. O pior é que o Partido dos Trabalhadores não reage como deveria diante das arbitrariedades das quais seu líder maior é vítima.

Tardiamente, os ilustres advogados de Lula apresentaram uma petição à Comissão dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra os abusos do juiz Sérgio Moro e procuradores da Operação. Um dia depois, a 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília decide colocar o ex-mandatário na condição de réu sob um argumento vil, sem nenhum fundamento e baseado tão somente em delações premiadas. Como é de praxe, o STF não se posiciona perante essa intriga. 

No Brasil, há uma criminalização flagrante da esquerda. Como se sabe, a ideologia esquerdista foi projetada para defender os interesses dos mais pobres e lutar por uma sociedade menos desigual. Eis o motivo da grande fúria dos setores reacionários brasileiros. Ademais, o que esperar de uma elite com pensamento arcaico e escravocrata?

O PT se desviou completamente do seu objetivo original. Lambuzou-se com o poder e beijou a cruz do conservadorismo. Contudo, a alta sociedade não suporta que o seu país seja governado por um partido político de origem popular com raízes no trabalhismo. É uma questão de classe. O povo brasileiro sempre foi excluído das decisões políticas e assistia bestializado as mudanças e alterações de regimes de governo. Nunca participou, de fato, dos processos de transformações políticas e econômicas do país, que visavam manter a estrutura concentradora ainda em vigor e alçada outrora no período do Brasil Colônia, mais precisamente a partir da formação das capitanias hereditárias. A "nata social" não quer que isso mude.

Lula é vítima de uma perseguição que tudo tem a ver com a sua proveniência. O ex-líder sindical não sofreria tamanha brutalidade jurídico-política se tivesse origem no capital. Combate à corrupção é apenas um pretexto. Corrupção, inclusive, que os setores abastados do Brasil praticam despudoradamente em demasia. Não passam de hipócritas monumentais que ocultam os seus interesses anti-trabalhistas. Na verdade, são contra as reformas estruturais que tirariam deles um pouco de suas benesses.

A seletividade e o caráter classista, como também partidário, dos magistrados na condução dos processos e julgamentos no âmbito da Lava Jato, sob a diretiva da imprensa golpista, estão começando a ficar evidentes para o conjunto da população brasileira. De uma coisa é certeza: o medo deles é o cara voltar em 2018!