O Brasil só será uma nação desenvolvida a partir do momento em que colocar a educação como prioridade central

A discussão brasileira suscitada em torno da educação debate a necessidade de investir uma parcela maior dos recursos nacionais no setor. Uma das principais bandeiras do movimento estudantil e dos professores é o investimento de 10% do PIB e a aplicação de 50% dos royalties da exploração do petróleo na área. Alguns defendem ainda o aumento do custo por aluno/ano.

No entanto, a educação ainda é bastante vilipendiada pelas autoridades brasileiras, não considerando-a como peça importante de um projeto de país. Só para se ter uma ideia, a escolaridade média dos brasileiros é a metade da dos argentinos. A grande consequência é um povo ainda é bastante iletrado e pouco instruído.

Os brasileiros conhecem de perto o descalabro que é a falta de condições nas escolas, bem como a dificuldade de acesso dos jovens ao ensino público e gratuito em localidades remotas. Para piorar a situação, um governo ilegítimo propõe uma tal “PEC dos Gastos” que visa a tirar dinheiro de onde já está faltando em demasia e arrasta-o para o poço sem fundo da dívida pública. A educação é uma das áreas mais afetadas pelo assim chamado ajuste fiscal da equipe draconiana de Temer.

A maioria esmagadora da população tem ciência do problema e sabe que a educação brasileira deixa a desejar. Talvez não consigamos encontrar ninguém que aprove o modelo de ensino atual ou diga que não precisamos melhorá-lo.

Por isso, os representantes da população brasileira precisam se comprometer com o melhoramento do sistema educacional e dar ênfase maior a essa questão. O Brasil só será uma nação desenvolvida a partir do momento em que colocar a educação como prioridade central.

Porém, não adianta quase nada o país investir 50% da sua renda bruta na educação se o procedimento de ensino continuar o mesmo. Obviamente, mais recursos possibilita melhorar a infraestrutura das escolas, dar um salário digno aos professores e também implantar o ensino integral em todo o território brasileiro. Contudo, o problema da educação não é somente de orçamento. O investimento pecuniário por si só não garante os elementos fundamentais para formação de indivíduos críticos e conscientes. Para que a educação pública cumpra plenamente a sua função social é de suma importância que o Estado mova a sua força no sentido de introduzir um novo método de ensino que priorize a construção do cidadão.

Não estou me referindo ao Escola Sem Partido. Este programa não passa de uma aberração formulada por políticos conservadores que não tem formação na área. Com toda a certeza é essencial que dentro da sala de aula haja liberdade de expressão e respeito às diversidades socioculturais. Além do mais, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas deve sempre marcar presença nos espaços escolares.

O desenvolvimento das faculdades éticas, morais e intelectuais do ser humano passa pela celebração de um projeto de ensino que seja de qualidade, inclusivo e que cumpra o papel de erradicar os problemas sociais. Coisa que o Brasil ainda não tem.

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