A crescente concentração de renda, apontada pela Oxfam, é motivo para revoltas no mundo inteiro


 











Divulgado no início de 2017, o Relatório da Oxfam aponta uma crescente concentração de renda no mundo, no qual 1% das pessoas iguala em quantidade de recursos com os 99% mais pobres. O relatório ainda alerta que somente oito homens têm a mesma riqueza que os 3,6 bilhões mais pobres do mundo (50% da população mundial).
A organização Oxfam destaca que a desigualdade de renda no mundo é chocante e apresenta uma tendência de aumento. A crise econômica, o aumento do desemprego e a implementação de políticas austeras são as principais razões do abismo entre ricos e pobres ter ficado maior.
No Brasil, o desemprego e a qualidade de vida estão piorando a um ritmo acelerado. O crescimento econômico é medíocre e a insegurança no mercado de trabalho esboça um quadro preocupante para a economia brasileira.
De acordo com as projeções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil terá neste ano o maior aumento do desemprego entre os países do G-20, devendo ampliar em 1,4 milhão a massa de novos trabalhadores desempregados até 2018.
Segundo a estimativa da OIT, entre 2016 e 2017, o contingente de trabalhadores sem emprego vai aumentar em 3,4 milhões em todo o planeta. O desemprego brasileiro corresponde a 35% (mais de um terço) desse número – 1,2 milhão de pessoas em 2017 e mais 200 mil em 2018. De cada três fechamentos de postos de trabalho no mundo, um será no Brasil.
A Oxfam também revelou que 6 brasileiros têm a mesma riqueza que 100 milhões de brasileiros. A mesma organização divulgou que 0,5% das pessoas mais ricas do Brasil detêm quase 45% do PIB e que os três donos da Globo, os filhos do Roberto marinho, têm 23% da renda dos brasileiros (cada um, tem uma riqueza de R$ 13,92 bilhões).
No Brasil, e em diversas partes do mundo, a crise da desigualdade se agrava e a injustiça social atinge um nível preocupante. Toda crise, como sempre, significa uma oportunidade de acumulação de riquezas para poucos e desgraça para a maioria esmagadora da população mundial.
Esse período de agravamento da vulnerabilidade social deverá possivelmente acirrar a luta de classes pelo mundo afora. A onda de protestos tem que crescer e a população dos países precisa resistir e lutar por seus direitos. O povo não pode ficar de braços cruzados diante dessa realidade obscura. A crescente concentração de renda, apontada pela Oxfam, é motivo para revoltas em todo o planeta.

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