As manifestações nas ruas e o poder em decadência da grande mídia


Por Christopher Rodrigues (*)

Fico muito feliz em ver a juventude nas ruas questionando o atual sistema que é a grande fonte da desigualdade gritante em nosso país. No entanto, a mídia tenta a todo custo tirar proveito dessa onda de manifestações e não vai desistir enquanto não fazer uma lavagem cerebral completa na cabeça das pessoas. A mídia manipula os debates, as manifestações e finge que todos os problemas sociais não são também atribuídos a ela. Diz-se isenta e imparcial, mas quer apenas influenciar a opinião pública para fins eleitoreiros.

Simplesmente a mídia escondeu as lutas sociais históricas do país e agora insinua que a movimentação de massas é um fenômeno recente e fruto de uma insatisfação para com o governo atual (federal). A UNE, a CUT, a CTB, o MST, entre movimentos sociais, sempre marcharam pelo país afora levando suas ideias e em defesa do interesse nacional. Nunca tiveram espaço nos canais e tampouco atenção da mídia burguesa. Sempre houve a tentativa descarada de criminalizar aqueles que buscam a justiça social e o desenvolvimento econômico do país. Agora, diante do sucesso estrondoso das mobilizações em âmbito nacional, essa mídia tenta impor o seu conservadorismo e influenciar a juventude que, consciente ou não, está nas ruas protestando por um país mais justo e progressista. Na verdade não foi o gigante que acordou, são os grandes meios de comunicações é que não conseguem mais esconder as lutas sociais cotidianas. 

O povo brasileiro precisa questionar com mais frequência essa mídia brasileira. Os recentes protestos não levam em conta a demasiada receita que a Globo e os demais meios recebem do governo federal. Muitos protestam contra a corrupção, falam mal do programa Bolsa-família, defendem maiores investimentos em saúde e educação, mas não sabem do montante de recursos que o governo federal repassa para as grandes empresas de mídia do país. Isso sim é absurdo.

A política de comunicação do Governo Dilma é um tremendo fracasso do ponto de vista social. Ao invés de promover a concorrência nesse setor estratégico e fortalecer a mídia alternativa, crítica e independente, o governo insiste em alimentar o monopólio de meia dúzia de famílias, deixando assim o povo brasileiro à mercê da manipulação e do cinismo midiático. Já está na hora de pensar em um modelo de mídia mais voltado aos anseios populares, não é senhora Presidenta? 

Vários colegas meus me pediram para inundar blogs e redes sociais com esse tema. Eu posto, sempre postei e continuarei postando tudo aquilo que diz respeito aos podres da mídia brasileira, pois ela é contra a qualquer tipo de boa mudança e tenta esconder isso do povo brasileiro. Democratização já! 

(*) Estuda economia na Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ).

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